quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Então Parabéns!

O prémio Goncourt, o mais prestigiado galardão literário em França, foi atribuído ao franco-afegão Atiq Rahimi, pela obra “Syngué sabour. Pierre de patience.” Outro prestigiante prémio, o Renaudot, foi para o guineense Tierno Monénembo por “Le roi de Kahel”.Ambos os prémios são o culminar da época de distinções literárias e vão para dois romancistas que têm em comum a sua origem estrangeira e o facto de terem fugido do seu país de origem e da violência política.Com 46 anos, Atiq Rahimi é um escritor e cineasta com quatro romances publicados desde 2000. “Syngué sabour. Pierre de patience.”, a obra que lhe deu o prémio, foi o primeiro que escreveu em francês. Nele conta a história de uma mulher afegã que se liberta da opressão conjugal, social e religiosa com o marido reduzido a um estado vegetativo. Em entrevista à AFP, Atiq Rahimi diz ter sido uma surpresa plena de felicidade e honra. “Vejo-o como um sinal de reconhecimento de uma obra e também da história que venci.”Tierno Monénembo de 61 anos é autor de uma dezena de romances que abordam a impotência dos intelectuais em África e as dificuldades que os imigrantes africanos enfrentam em França. Em “Le roi de Kahel” relata a epopeia de Olivier de Sanderval, precursor da colonização do Oeste africano no fim do século XIX.

10.11.2008 - 16h05 AFP, Lusa

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