sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
GPS
Talvez o tempo e lhe trouxesse um GPS
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
lies, lies
(...)
People say that your dreams
are the only things that save ya.
Come on baby in our dreams,
we can live on misbehavior.
Every time you close your eyes
Lies, lies!
Every time you close your eyes
Lies, lies!
Every time you close your eyes
Lies, lies!
Every time you close your eyes
Lies, lies!
Every time you close your eyes
Every time you close your eyes
Every time you close your eyes
Every time you close your eyes
(...)
Now here's the sun, it's alright!
(Lies, lies!)
Now here's the moon, it's alright!
(Lies, lies!)
Now here's the sun, it's alright!
(Lies, lies!)
Now here's the moon it's alright
(Lies, lies!)
Every time you close your eyes
Lies, lies!
Arcade Fire-Rebellion lies
somebody that i used to know
I had tender feelings that you made hard
But it's your heart, not mine, that's scarred
So when I go home I'll be happy to go
You're just somebody that I used to know
You don't need my help anymore
It's all now to you, there ain't no before
Now that you're big enough to run your own show
You're just somebody that I used to know
I watched you deal in a dying day
And throw a living past away
So you can be sure that you're in control
You're just somebody that I used to know
I know you don't think you did me wrong
And I can't stay this mad for long
Keeping ahold of what you just let go
You're just somebody that I used to know
domingo, 26 de outubro de 2008
Outono
Como que emoldurada na minha janela via uma luz maravilhosa que pintava a igreja da ermida em tons de laranja.
As folhagens circundantes tingiam-se de vermelhos e castanhos...
As aves na labuta do final do dia recolhiam-se agora nas àrvores...
Saudade...
Fado de Coimbra nº 4
se amanheço ao teu lado e tu não estás
e escrevo um poema que ninguém ouviu
com as palavras que não sou capaz
Não vem ao acaso dizer que ainda te espero
como quem espera um filho que morreu
digo que te desejo e não te quero
digo que não te quero e não sou eu...
CSS de regresso a Portugal
para abrir o apetite...
http://www.fabchannel.com/css_concert/2007-04-10/
Hoje eu nao vou sair de casa
Hoje eu nao pisar na rua
Hoje eu nao quero ver pessoas
Nao vou sair de casa
Hoje eu nao quero ver a rua
Hoje eu nao quero confusao
Hoje eu nao vou trocar de roupa
Nao vou sair de casa
Acho um pouco bom
Hoje eu vou ficar ouvindo musica
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui na minha
Eu vou ficar sozinha
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Ah tá !
Acho um pouco bom ....
sábado, 25 de outubro de 2008
14 de Janeiro
todo o santo dia bateram à porta. não abri,
não me apetecia ver pessoas, ninguém.
escrevi muito, de tarde e pela noite dentro.
curiosamente, hoje, ouve-se o mar como se estivesse dentro de casa.
o vento deve estar de feição.
a ressonância das vagas contra os rochedos sobressalta-me.
desconfio que se disser mar em voz alta,
o mar entra pela janela.
sou um homem privilegiado, ouço o mar ao entardecer.
que mais posso desejar?
e no entanto, não estou alegre nem apaixonado.
nem me parece que esteja feliz.
escrevo com um único fim: salvar o dia.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora
Deolinda no Teatro José Lúcio da Silva
Repletos de boa disposição, os Deolinda provaram não só que são excelentes músicos mas que são exímios contadores de histórias…
Uma noite na aldeia da nossa infância!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Invisíveis
Foi então que apareceu a raposa.
- Olá, bom dia! - disse a raposa.
- Olá, bom dia! - respondeu delicadamente o principezinho que se voltou mas não viu ninguém.
- Estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Não estou presa...
- AH! Então, desculpa! - disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- O que é que "estar preso" quer dizer?
- Vê-se logo que não és de cá - disse a raposa. - De que é que tu andas à procura?
- Ando à procura dos homens - disse o principezinho. - O que é que "estar preso" quer dizer?
- Os homens têm espingardas e passam o tempo a caçar - disse a raposa. - É uma grande maçada! E também fazem criação de galinhas! Aliás, na minha opinião, é a única coisa interessante que eles têm. Andas à procura de galinhas?
- Não - disse o principezinho. Ando à procura de amigos. O que é que "estar preso" quer dizer?
- É a única coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
- Parece-me que estou a começar a perceber - disse o principezinho. - Sabes, há uma certa flor...tenho a impressão que estou presa a ela...
- É bem possivel - disse a raposa. - Vê-se cada coisa cá na Terra...
- OH! Mas não é da Terra! - disse o principezinho.
A raposa pareceu ficar muito intrigada.
- Então, é noutro planeta?
- É.
- E nesse tal planeta há caçadores?
- Não.
- Começo a achar-lhe alguma graça...E galinhas?
- Não.
- Não há bela sem senão...- disse a raposa.
Mas a raposa voltou a insistir na sua ideia:
- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu, caço galinhas e os homens, caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado. Mas, se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve de nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar de nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo...
A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Por favor...Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não me dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito...São precisos rituais.
- O que é um ritual? - perguntou o principezinho.
- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu - respondeu a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, têm um ritual, à quinta-feira, vão ao baile com as raparigas da aldeia. Assim, a quinta-feira é um dia maravilhoso. Eu posso ir passear para as vinhas. Se os caçadores fossem ao baile num dia qualquer, os dias eram todos iguais uns aos outros e eu nunca tinha férias.
Foi assim que o principezinho prendeu a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - ai que me vou pôr a chorar...
- A culpa é tua - disse o principezinho.- Eu bem não queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim...
- Pois quis - disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! - disse o principezinho.
- Pois vou - disse a raposa.
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...
Depois acrescentou:
- Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.
O principezinho lá foi ver as rosas outra vez.
- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês e vocês não estão presas a ninguém. Vocês são como a minha raposa era. Era uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e, agora, ela é única no mundo.
E as rosas ficaram bastante incomodadas.
- Vocês são bonitas, mas vazias - ainda lhes disse o principezinho. - Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sózinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi a que eu reguei. Porque foi a ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi ela que eu abriguei com o biombo.. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu vi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para o pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com aminha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...
- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
(...)
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Boca do Mundo
Se a chama chega,
E ninguém chega à chama
De que vale arder?
Se o barco parte sem velas,
De que serve a maré?
Não se mostra o trajecto
A quem parte para se perder
Não se dá boleia
A quem precisa de ir a pé
E é como quando pensas que estás a chegar
E não deste um passo
Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fênix a arder
São só os meus erros, é toda a minha culpa
Hoje até o ar anda cansado
Preciso de um enigma
Para pôr fim ao torpor
Não sei o que me deu, não costumo estar assim
Desco a rua que passa, rente à boca do mundo
Sinto a vida que passa
E os rumores que circulam na boca do mundo
Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fénix a arder
São só os meus erros, é toda a minha culpa
E é tudo o que faço
E é todo o meu cansaço
Por fim, por fim...Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fênix a arder
Onde estou, nada mais pode crescer
Eu sou assim, uma fénix a arder
São só os meus erros, é toda a minha culpa
É tudo o que faço
E é todo o meu cansaço
E é tudo o que faço
E é todo o meu cansaço
Por fim, por fim...
Sinto a vida que passa
Na boca do mundo, não se sabe quem é quem...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Porque mais uma vez há coisas que não se explicam sentem...não tenho palavras para descrever o quão fantástico foi o concerto de dEUS na Aula Magna este domingo.
Numa sala mítica que não poderia ter sido melhor escolhida, a banda belga com Tom Barman como timoneiro, deixou em êxtase todos os presentes com a sua música repleta de distorção.Dos velhinhos Instant Street ou Serpentine ao fantástico Architecht foi seguramente uma noite mágica e muito muito especial...
Mais uma marca para a montanha e um momento partilhado com a minha pessoa preferida :)
Para espreitar o também fabuloso: http://www.deus.be/
Instant Street
seen from your side,
that I've been lucky
but I've been meaning to crack all week.
Yes I've been involved, it never resolved into anything shocking.
Pains playing yoyo in my body as we speak.
And now I found something to look for,
but I can't decide,
'Cause I might find that to stroll behind is better than to score.
Just like I did before.
It wouldn't be true, not towards you, to say that I'm staying.
When on every single impulse, on every other move I react.
Cause in any old creek, with changing technique, you'll see me playing.
After any old motherfucking blow I'll be back.
We turned away from instant stuff
our cracking codes were breaking up
our words were sucked out it made them clean.
And after lowness say it
and after more let it be known
Our codes are grown into something mean.
You're probably right, as for tonight, you're making me nervous.
What is it you want me to be thinking of?
I'll put on a movie, I'll play something groovy as a matter of service
And I'll chuckle when you smile as a matter of love.
'Cause you know it's not my style to be giving up now.
And this pain in my side, I had enough.
This time I go for Instant Street
This life's a soulless excuse for all abuse and parenthesis.
The flyspecked windows and the stinking lobbies
they'll remain all the same, all the same.
This time I go. This time I go...
sábado, 18 de outubro de 2008
Doc Lisboa mode | on |
A escolha foi Gonzo: The Life and Work of Dr. Hunter S. Thompson,um documentário fabuloso sobre a vida e obra do controverso jornalista e escritor americano Hunter Thompson conhecido por ser contra a corrente e defensor da inexistência e chegada ao fim do "sonho americano". Este multipremidado documentário realizado por Alex Gibney,conta com a excelente narração de Jonhy Deep para todos os textos, cartas ,artigos do autor.
Para aguçar a curiosidade aqui fica o trailer...
Amigo-Alexandre O'Neil
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso de boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí, escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser,
é já uma grande festa!
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Parabéns!!!!
ora aqui está o tão aguardado Angus(Helder)Young
parabéns aos realizadores e toda a equipa de produção.
\m/
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
o essencial é invisivel aos olhos....
não conseguiu evitar um nó na garganta e que os seus olhos de enevoassem de vermelho.
não esperara aquela atitude...não sentia que tivesse feito nada para a merecer...
sentiu-se desfalecer e arrepiar...
desculpa, articulou...sem saber muito bem de quê...seria incapaz de o fazer a alguém próximo...sabendo para mais da pressão e turbilhão de emoções dos últimos dias...
respirou fundo e continuou a sua rotina diária...amanhã seria um novo dia...
o tempo sarará todas as feridas...
You will fall in love with the very first man you meet.
It will pass in time.
It will pass in time.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
doclisboa
O doclisboa é o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário.Em 2007, na sua quinta edição, o doclisboa apostou na capitalização do renovado interesse dos espectadores portugueses pelo documentário e conseguiu trazer às salas da Culturgest, do Cinema Londres e do Cinema São Jorge, um público muito numeroso e entusiasta. O documentário “foi assunto” e criou-se uma nova consciência da sua enorme riqueza, diversidade e potencialidades. O doclisboa apostou também na descoberta de novos territórios, na grande diversidade, e na vitalidade do cinema do real.
Em 2008 o festival tem como principais objectivos:Mostrar ao público português filmes importantes e multi-premiados internacionalmente que ainda não chegaram às salas de Lisboa;Permitir uma reflexão mais aprofundada sobre temas contemporâneos e de actualidade;Dar a conhecer de forma mais sistemática a cinematografia de outros países;Organizar debates que mobilizem o público em torno de filmes importantes e de temas transversais, presentes em várias obras.
Para saber mais:
http://www.doclisboa.org/festival.html
rewind...
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
there will be blood
Os meus pais vieram visitar-me(ena há quanto tempo!) e fizeram companhia...
Aos poucos tudo volta à tranquilidade.
O tempo tem o dom de sarar algumas feridas... :)
Ps: Muito bom!!!!
a menina que adorava jazz
era uma vez uma menina de olhos negros e expressivos, misteriosos e capazes de esconder o que ia dentro, no coração,
era uma vez uma menina de cabelos negros e de sorriso quente e protector e sempre com uma palavra afável para dizer...
uma menina sensível e inteligente, educada...
Linda!
era uma vez uma menina que usava uma máscara para se proteger,
era uma vez uma menina que tentava levar o peso todo sozinha
uma menina que não quis gritar, ou mesmo só surrurar ajuda-me...
uma mão..."dá-me a mão, para atravessar...dá-me a mão...dá-me dá-me, dá-me que eu seguro bem…dá-me a tua mão também"
Era uma vez uma menina que adorava jazz e que me ensinou umas quantas coisas...
Menina, Mulher, forte, frágil, pequenina? Onde andas Tu?
domingo, 12 de outubro de 2008
why didn't you ask me for...HELP
Help, not just anybody,
Help, you know i need someone, help.
When i was younger, so much younger than today,
I never needed anybody's help in any way.
But now these days are gone, i'm not so self assured,
Now i find i've changed my mind and opened up the doors.
Help me if you can, i'm feeling down
And i do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me.
And now my life has changed in oh so many ways,
My independence seems to vanish in the haze.
But every now and then i feel so insecure,
I know that i just need you like i've never done before.
Help me if you can, i'm feeling down
And i do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me.
When i was younger, so much younger than today,
I never needed anybody's help in any way.
But now these daya are gone, i'm not so self assured,
Now i find i've changed my mind and opened up the doors.
Help me if you can, i'm feeling down
And i do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me, help me, help me, oh
And she turned around and took me by the hand
Well I had to phone her friend to state my case,
I could live a little better with the myths and the lies
When the darkness broke in,
when the urge is gone,
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Montanhas...serranias...
Se calhar é por isso que as minhas andam tão desarrumadas, pensou.Há quanto tempo não faço este exercício de escrever...
Deu por si a pensar que há pessoas que deixam marcas profundas nas montanhas da nossa existência.
Vêm sem darmos conta e são tão fortes! e são tão imponentes ! e sulcam que sulcam a rocha do nosso coração! e deixam marcas que ficam para toda a eternidade.
Devia ser por isso que lhe agradavam tanto as serranias…olhar para a grandiosidade em bruto…
Tentar imaginar as marcar deixadas nelas ao longo dos anos…umas mais fundas outras mais suaves, umas pequenos traços, outras rugas vincadas e constantes.
Algo nas montanhas lhe trazia tranquilidade. Ficaria uma manha inteira só…inerte!..a respirar o ar da serra e a olhar continuamente no horizonte para o meio de um nada tão cheio de emoções impossiveis de explicar...há coisas que não se explicam, sentem!
Respirar o cheiro a manhã fresca e a verde, e a terra e a traços…
Ser e ter…
Quem dera ser etérea o sufiente para ser feliz com estas coisas simples, pensou...
Fechou os olhos e deixou-se ficar ali a receber as carícias do sol.
Blakest eyes
Sometime in the future the boy goes wild
And all his nerves are feeling some kind of energy
A walk in the woods and I will try
Something under the trees that made you cry
It's so erotic when your make up runs
I got wiring loose inside my head
I got books that I never, ever read
I got secrets in my garden shed
I got a scar where all my urges bled
I got people underneath my bed
I got a place where all my dreams are dead
Swim with me into your blackest eyes
A few minutes with me inside my van
Should be so beautiful if we can
I'm feeling something taking over me
I got wiring loose inside my head
I got books that I never, ever read
I got secrets in my garden shed
I got a scar where all my urges bled
I got people underneath my bed
I got a place where all my dreams are dead
Swim with me into your blackest eyes
I got wiring loose inside my head
I got books that I never, ever read
I got secrets in my garden shed
I got a scar where all my urges bled
I got people underneath my bed
I got a place where all my dreams are dead
Swim with me into your blackest eyes
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Prémio Nobel
Fonte:
http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=16507
Sempre que falo em Lobo Antunes vêm-me à memória os dois momentos em que tive o prazer de privar com ele e sentir a sensibilidade da pessoa única e fragil que é...
Dos momentos mais singulares de fruição e sensibilidade cultural da minha existência.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
para pensar...mais
para pensar...
Máquinas
And...
I certainly haven't been spreading myself around
I still only travel by foot and by foot, it's a slow climb,
But I'm good at being uncomfortable, so
I can't stop changing all the time
I notice that my opponent is always on the go-And-
Won't go slow, so's not to focus, and I notice
He'll hitch a ride with any guide,
as long as They go fast from whence he came-
But he's no good at being uncomfortable,
so he can't stop staying exactly the same
If there was a better way to go then it would find me
I can't help it, the road just rolls out behind me
Be kind to me, or treat me mean
I'll make the most of it,
I'm an extraordinary machine
I seem to you to seek a new disaster every day
You deem me due to clean my view and be at peace and lay
I mean to prove
I mean to move in my own way, and say,
I've been getting along for long before you came into the play
I am the baby of the family, it happens, so-
Everybody cares and wears the sheeps' clothes while they chaperone
Curious, you looking down your nose at me, while you appease
Courteous, to try and help - but let me set your mind at ease
Do I so worry you, you need to hurry to my side?
It's very kind
But it's to no avail; I don't want the bail
I promise you, everything will be just fineI
f there was a better way to go then it would find me
I can't help it, the road just rolls out behind me
Be kind to me, or treat me mean
I'll make the most of it, I'm an extraordinary machine
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Imaginário
dEUS
You don't understand me...
2ª Concurso Vírus 2009-Jornal de Leiria | Livraria Arquivo
Integrado na programação da 2ª Mostra de Banda Desenhada, Ilustração e Cinema de Animação de Leiria, promovida pela ECO - Associação Cultural, e a decorrer entre 13 e 15 de Março de 2009, o concurso destina-se a jovens artistas, a partir dos 12 anos, ainda sem trabalhos editados.
Para além do prémio Livraria Arquivo, para o Escalão I do concurso, destinado aos mais novos, e do prémio Jornal de Leiria, para o segundo escalão do concurso, uma selecção dos melhores trabalhos será exposta, durante a Mostra e no mês seguinte ao evento, no espaço expositivo do antigo Banco de Portugal, actual Divisão da Cultura da C. M. Leiria.
Como novidade relativamente ao ano anterior destaca-se a criação de uma nova categoria: Banda-sonora para filme de animação.
O 2º concurso VÍRUS JORNAL DE LEIRIA ARQUIVO em resumo:
TEMASexta-feira, 13
ESCALÕES DE PARTICIPAÇÃO:
Escalão I: dos 12 aos 16 anos
Escalão II: a partir dos 17 anos
CATEGORIAS
Categoria A: Banda Desenhada-
A1 História aos Quadradinhos-
A2 Argumento
Categoria B:
Ilustração
Categoria C:
Cinema de Animação
-C1 Curta-metragem
-C2 Banda-sonora
PRÉMIOS:
Prémio Livraria Arquivo (Escalão I) €200 em material para o vencedor de cada categoria
Prémio Jornal de Leiria (Escalão II)€300 para o vencedor de cada categoria
PRAZO LIMITE PARA ENTREGA DE TRABALHOS31 de Dezembro de 2008
A Virus Conta com a vossa participação!
contactos:maito:virusbd.eco@gmail.com
Tu estás aqui...
escrevo e oiço certos ruídos domésticose a luz chega-me humildemente pela janela
e dói-me um braço e sei que sou o pior aspecto do que sou
Estás aqui comigo e sou sumamente quotidiano
e tudo o que faço ou sinto como que me veste de um pijama
que uso para ser também isto este bicho
de hábitos manias segredos defeitos quase todos desfeitos
quando depois lá fora na vida profissional ou social só sou um nome e sabem
o que sei oque faço ou então sou eu que julgo que o sabem
e sou amável selecciono cuidadosamente os gestos e escolho as palavras
e sei que afinal posso ser isso talvez porque aqui sentado dentro de casa sou outra coisa
esta coisa que escreve e tem uma nódoa na camisa e só tem de exterior
a manifestação desta dor neste braço que afecta tudo o que faço
bem entendido o que faço com este braço
Estás aqui comigo e à volta são as paredes
e posso passar de sala para sala a pensar noutra coisa
e dizer aqui é a sala de estar aqui é o quarto aqui é a casa de banho
e no fundo escolher cada uma das divisões segundo o que tenho a fazer
Estás aqui comigo e sei que só sou este corpo castigado passado nas pernas de sala em sala.
Sou só estas salas estas paredesesta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra coisa essa coisa que sou na estrada onde não estou à sombra do sol
Estás aqui e sinto-me absolutamente indefeso diante dos dias.
Que ninguém conheça este meu nome
este meu verdadeiro nome depois talvez encoberto noutro nome embora no mesmo nome este nome de terra de dor de paredes este nome doméstico
Afinal fui isto nada mais do que isto
as outras coisas que fiz fi-Ias para não ser isto ou dissimular istoa que somente não chamo merda porque ao nascer me deram outro nome que não merda
e em princípio o nome de cada coisa serve para distinguir uma coisa das outras coisas
Estás aqui comigo e tenho pena acredita de ser só isto
pena até mesmo de dizer que sou só isto como se fosse também outra coisa
uma coisa para além disto que não isto
Estás aqui comigo deixa-te estar aqui comigo
é das tuas mãos que saem alguns destes ruídos domésticos mas até nos teus gestos domésticos tu és mais que os teus gestos domésticos
tu és em cada gesto todos os teus gestos e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam certas palavras como a palavra paz
Deixa-te estar aqui
perdoa que o tempo te fique na face na forma de rugas
perdoa pagares tão alto preço por estar aqui
perdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por estar aqui
prossegue nos gestos
não pares procura permanecer sempre presente
deixa docemente desvanecerem-se um por um os dias
e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer
sou isto é certo mas sei que tu estás aqui...
Silêncios bons...
António Lobo Antunes
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Lisbon Revisited
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Assim, como sou, tenham paciência!
Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância — Eterna verdade vazia e perfeita!
Deixem-me em paz!