Naquela noite noémica de inverno fez a sua primeira incursão pelo mundo da ópera numa espécie de workshop de preparação para aquele que seria o seu primeiro espectáculo do género.
Como que por obra de um acaso que não existe, o tema escolhido fora o Don Giovani de Mozart...
Como em livros, filmes e músicas que tem significado só em determinados momentos das nossas vidas, e noutras nos passassem completamente ao lado, pensou, era como se não houvessem acasos e era como se alguém nos fizesse escolher os momentos certos, os timings perfeitos para a escolha... lá estava mais uma vez a corroborar a sua teoria o mote para aquela sessão...
Já em casa descalçou-se, fez o seu exercício de meditação que já não fazia há algum tempo, inspira a barriga sai...expira a barriga entra...esperou que a água para o saco aquecesse e instalou-se confortavelmente e levada pelo impulso da ocasião a rever o "Fantasma da ópera"...
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